IFRR terá pela primeira vez competidores na Campus Party, em São Paulo
O ano de 2019 marca a primeira participação de estudantes do curso superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Tads) do Campus Boa Vista (CBV) na Campus Party, uma das maiores experiências tecnológicas do mundo que une jovens geeks em torno de um festival de inovação, criatividade, ciências, empreendedorismo e universo digital. O evento ocorre em São Paulo, de 12 a 17 de fevereiro.
Animados com a seleção, Elias Freitas e Lucas Rafael Lima se preparam para apresentar o trabalho “Jogo Pathfinder: um modelo de gamificação aplicado às atividades do ensino médio”, cujo objetivo é aumentar a participação dos alunos e envolvê-los nas atividades das disciplinas do ensino básico e técnico, por exemplo.
Orientado pela professora Saula Leite Oliveira, o projeto está sendo desenvolvido com fomentos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Inovação Tecnológica (Pibiti/CNPq). Consiste em uma plataforma que, além de promover uma inovação nas aulas, oferece rica oportunidade aos alunos do ensino médio do CBV de serem protagonistas de um jogo educacional. Ela também possibilita, de modo eficaz, o acompanhamento individual dos estudantes, das turmas e dos cursos pelos docentes e pela gestão.
Para Elias, o aplicativo trará para as salas de aula uma nova forma de desenvolvimento das atividades, de correção e avaliação, e ainda proporcionará aos acadêmicos e ao campus mais uma ferramenta para o alcance da excelência no ensino. “As turmas serão classificadas conforme os índices individuais dos estudantes, o que gera espírito de comunhão e ainda promove, dentro de sala de aula, um ambiente atualizado de busca pela excelência acadêmica. Sabemos dos problemas que os alunos enfrentam, e este projeto nasceu das dificuldades por que ainda passamos no ensino médio. É por meio de projetos como este, que colocam o estudante como parte central de sua jornada acadêmica, aliado às novas tecnologias e metodologias de ensino, que se constrói a nova escola que todos nós queremos”, disse.
O estudante ainda explicou que a plataforma também é feita para colaborar com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), pois responde a um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Educação de Qualidade.
“É possível, sim, mudar o mundo se fizermos a nossa parte e começarmos a mudança dentro do espaço onde estamos inseridos. Este projeto, além de promover a permanência dos estudantes, assegura a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promove oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Resolver problemas com o uso da tecnologia aliando plataformas inovadoras com metodologias educacionais é uma das formas de colaborar com a implementação de uma educação de qualidade”, ressaltou Elias.
No CBV – Os idealizadores do Pathfinder convidam os professores para aderir ao projeto e contar com ferramentas desenvolvidas especialmente para colaborar com o trabalho do corpo docente. “Criamos, dentro da plataforma, um espaço para correção das atividades enviadas pelos alunos, permitindo a criação de respostas e o envio de arquivos. Tudo isso organizado de forma intuitiva, dentro de uma linha do tempo. Nossa próxima atualização será desenvolver uma sala virtual para as turmas, na qual o professor poderá inserir apostilas, vídeos e demais conteúdos de que precisar. O espaço ainda será colaborativo e contará com ferramentas de tira-dúvidas e compartilhamento de informações pelos alunos”, explicou Lucas.
Campus Party – O evento é voltado aos amantes de tecnologia e abrange estudantes de todo o País. Do Norte, apenas os Institutos Federais de Roraima e Rondônia foram aprovados para exposição dos projetos na Campus Future, espaço para divulgação e mostra de projetos acadêmicos de estudantes universitários e de cursos técnicos com destaque no uso da tecnologia, da inovação e da criatividade, e com impacto social relevante.