SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL – Investimentos do IFRR apontam para alcance de autossuficiência em energia renovável
Dos cinco campi do IFRR, quatro são atendidos com placas fotovoltaicas, sendo que um funciona 100% com energia solar. O último a receber a estrutura, o CBVZO, já está em fase de aquisição
Você sabia que os combustíveis usados no funcionamento das termelétricas estão entre os principais poluidores atmosféricos do mundo, devido à geração de gases como os óxidos de enxofre, o nitrogênio, o dióxido de carbono e o metano? Sabia que a construção de hidrelétricas resulta na destruição de enormes áreas de florestas e na extinção de diversas espécies de animais e plantas?
Isso significa dizer que as formas convencionais de geração de energia no Brasil são também algumas das grandes causadoras dos maiores impactos ambientais no planeta.
Com a missão institucional, registrada em documentos oficiais, de promover formação humana integral, por meio da educação, ciência e tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento sustentável, o IFRR, além de ofertar cursos pautados na sustentabilidade ambiental, ter diversas pesquisas em andamento nessa área e realizar atividades voltadas à comunidade externa, conta com equipes trabalhando para o desenvolvimento de ações que beneficiem o meio ambiente.
A principal delas é a implantação das painéis para geração de energia solar em todos os campi da instituição. Atualmente, dos cinco campi do instituto, apenas o CBVZO ainda não dispõe dessas estruturas, mas o processo de aquisição já está em andamento. As demais unidades, CBV, CAM, CNP e CAB, já são atendidas com energia renovável, sendo que a última é autossuficiente, funcionando totalmente com energia produzida por painéis solares.
Segundo o mestre em engenharia de produção e engenheiro do IFRR Sidarta Gautama de Almeida, atualmente, somando todas as estruturas distribuídas nos campi, o IFRR possui 542,66 kWp (quilowatt de potência de pico) em módulos fotovoltaicos instalados, que geram aproximadamente 840,7 MWh (megawatt-hora) por ano, contribuindo para a redução da emissão de 258t (toneladas) de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera.
Ele explica, com base em estudos na área, que a insolação diária anual, em todo o Estado de Roraima, registra a mínima de quatro horas, nos meses de junho a agosto, e a máxima de sete horas, de setembro a novembro, com uma média anual de seis horas.
“Os resultados dessas pesquisas demonstram que é a energia solar é viável em Roraima, podendo contribuir não só para economia financeira, pois cada projeto é apresentado com uma estimativa de retorno de investimento, mas principalmente como possibilidade de ampliação do uso de fontes de energia limpa, segura e renovável de forma distribuída”, disse Gautama.
A reitora do IFRR, professora Nilra Jane, esclareceu que sempre foi favorável ao projeto, iniciado ainda nas gestões anteriores, e que fez questão de encampar a proposta desde que assumiu o cargo. "Nós, no IFRR, atuamos com o objetivo também de sermos agentes de transformação social, e nossas ações são realizadas de maneira totalmente consciente de que o meio ambiente é parcela enorme e imprescindível a ser levada sempre em conta em cada uma delas. Um mundo, uma sociedade sustentável não existe sem a sustentabilidade ambiental”, declarou.
ENERGIA SOLAR – A ciência comprova que o sol é a principal fonte de energia do planeta Terra, sendo responsável pela manutenção da vida. Trata-se também de uma fonte energética que pode ser convertida em energia térmica e elétrica, sendo necessária, para isso, a utilização de dispositivos adequados, envolvendo a utilização de coletores planos e concentradores. O fato de até hoje ser considerada inesgotável e renovável é uma das principais vantagens da alternativa, pois passa a ser classificada praticamente como limpa também, já que o tempo de vida útil dos equipamentos necessários é de décadas.
CO2 – Também conhecido como gás carbônico, o dióxido de carbono (CO2) é gerado de diversas formas, tanto em processos naturais, como respiração de animais, de seres humanos e de organismos vivos, decomposição de seres vivos e de materiais, e erupção vulcânica, quanto em artificiais, por exemplo, produção de cimento, queima de combustíveis fósseis (carvão, gás de usina de energia, petróleo, gás natural), desmatamento e queimadas, lavagem de polpa de celulose e papel, entre outras.
Conforme estudos científicos, a alta concentração do CO2 resulta na poluição do ar, na formação de chuva ácida e no desequilíbrio de gases na atmosfera, levando ao aumento da temperatura no planeta e, consequentemente, influenciando nas mudanças climáticas.